Consequências e Evidências

O que sabemos sobre a evolução?

 As espécies mudam com o decorrer do tempo. Hoje existem aproximadamente dois milhões de espécies de organismos vivos sobre a Terra, incluindo bactérias, fungos, plantas e animais. Todas elas procedem de um antepassado comum, conforme uma grande quantidade de provas biológicas reunidas por estudos científicos. Porém, não é a mesma variedade de organismos vista há milhões de anos, quando havia espécies muito diferentes das atuais e outras que desapareceram. A teoria da evolução trata das evidências da origem dos seres vivos e das mudanças lentas e graduais que sofreram desde seu aparecimento até os dias atuais. 

Os organismos evoluem e se modificam 

Até o começo do século XVIII, aceitava-se a teoria da não mutação, que considerava todos os seres vivos imutáveis ao longo do tempo. No século XIX, quando essa teoria já era difícil de ser sustentada, o naturalista francês Georges Cuvier propôs que os fósseis correspondiam a organismos extintos e que a Terra tinha sido povoada por uma série de animais e plantas diferentes dos atuais. Mais tarde, surgiram várias teorias afirmando que os organismos mudam lenta e gradualmente ao longo do tempo. A presença de dentes nos maxilares, a cauda comprida e os três dedos livres com as unhas curvadas nas extremidades dianteiras são algumas características répteis do Archaeopteryx litographica. A plumagem é própria das aves.

 Os fósseis são prova da evolução

 Hoje, conhecemos uma grande quantidade de fósseis. Neles, são percebidas as mudanças anatômicas progressivas que ocorreram entre as formas primitivas e as atuais. As formas intermediárias entre uma espécie e outra proporcionam uma grande quantidade de informações a respeito dos mecanismos da evolução. O Archaeopteryx litographica é considerado uma das provas de que as aves evoluíram dos répteis. Seu organismo fóssil permite observar características de ave e réptil. 
As revelações da estrutura óssea 
O estudo comparativo da estrutura anatômica de seres vivos diferentes também ajuda a entender os mecanismos da evolução. O fato de os membros anteriores de um homem, de uma rã ou de um delfim (mamífero aquático) terem a mesma estrutura óssea, ainda que utilizada de maneiras variadas, é indício de uma ancestralidade comum. 

A adaptação dos órgãos 

De mesma origem, os órgãos homólogos podem eventualmente desempenhar funções diferentes. A avaliação das funções da pata de um cavalo e da asa de um morcego, por exemplo, serve para exemplificar o conceito de irradiação adaptativa. O conceito de irradiação adaptativa define que organismos com parentesco evolutivo, mas que vivem em regiões diferentes, acabaram sofrendo uma adaptação dos órgãos ao ambiente onde vivem. De origem diferente, os órgãos análogos exercem a mesma função e ilustram o fenômeno da convergência adaptativa. Nestes casos, mesmo vivendo em ambientes iguais, as pressões da seleção natural são muito semelhantes e acabam por selecionar estruturas adaptadas ao ambiente. Desse modo, mesmo que tenham origens distintas, as estruturas acabam se tornando parecidas, a exemplo das asas de um inseto e asas de uma ave. As formas anatômicas das baleias e peixes (animais de classes diferenciadas) e suas nadadeiras facilitam o deslocamento na água. Plantas de famílias diferentes adaptadas às regiões secas, possuem características semelhantes.

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